Nos segmentos de construção civil e arquitetura, existem diversos fatores a se considerar antes de tirar um projeto do papel e torná-lo realidade. Nesse sentido, observar aspectos como irregularidades no terreno, a temperatura da região e o nível de umidade no local é fundamental.
Criado para contemplar a necessidade estética em construções e, ainda, sanar as necessidades de obras construídas em áreas onde o calor é muito intenso, o cobogó é um material que se tornou um clássico da arquitetura brasileira.
Se você está pensando em utilizar esse material em sua obra, mas ainda não sabe muito sobre ele, pode ficar tranquilo que a Lojas Quero-Quero trouxe um conteúdo super completo para sanar suas dúvidas. Continue a leitura para descobrir o que é cobogó, a origem do material, quais os tipos e mais!
Afinal, o que é cobogó?
O cobogó é um revestimento considerado um tipo de elemento vazado, comumente aplicado rente a muros, paredes e meias paredes para criar efeitos diferenciados em ambientes a partir da entrada de luz e da ventilação.
Muito versátil e elegante, o material pode ser utilizado tanto nas construções residenciais quanto nas industriais e comerciais, adaptando-se perfeitamente à decoração do ambiente.
Geralmente, o cobogó é feito a partir de barro ou cimento, mas atualmente é possível encontrar versões de vidro, gesso, cerâmica artesanal esmaltada, não esmaltada e de MDF.
Para que serve o cobogó?
Assim como os demais elementos vazados, o cobogó é um revestimento que vai além da estética — e é a partir daí que sua verdadeira utilidade surge: proporcionar a entrada de luz natural e aumentar a ventilação nos ambientes.
Inclusive, o cobogó foi criado justamente para suprir a necessidade de luminosidade e ventilação das construções feitas na região nordeste do Brasil, onde o calor é mais intenso.
Como surgiram os cobogós?
Criado na década de 1920 por três engenheiros, o cobogó foi inspirado em outros elementos clássicos na história da arquitetura: os muxarabis e, assim como eles, permitem a entrada de luz e de ventilação nos ambientes, mas não os deixam completamente expostos, o que garante uma certa privacidade ao local.
Mas é importante ressaltar que, apesar da inspiração, os dois materiais são bem diferentes, logo, sua aplicação em ambientes fica totalmente por conta de preferências estéticas.
O que significa “cobogó”?
O significado do termo “cobogó” é mais simples do que parece. Na verdade, o nome desse material de construção vem da união das sílabas iniciais do sobrenome dos três engenheiros que o criaram: o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernesto August Boeckmann e o brasileiro Antônio de Góis.
Quais são os tipos de cobogó?
Na década de 20, os cobogós eram feitos a partir de materiais como barro e cimento, mas, apesar da composição, já era possível trabalhar o design desses elementos de diversas formas. Hoje em dia, esse cenário é um pouco diferente, já que é possível encontrar cobogós feitos a partir de outros materiais.
Confira quais são os principais tipos de cobogó!
Cobogó cimentício
Como o próprio nome já diz, o cobogó cimentício é feito de cimento. Dentre as opções de cobogó que existem atualmente, ele é um dos mais tradicionais e é muito utilizado em fachadas, mas também funciona muito bem em espaços mais privativos. Um ponto interessante sobre esse tipo de cobogó é que ele se tornou um elemento arquitetônico queridinho do arquiteto Oscar Niemeyer.
Além disso, essa opção é uma das mais baratas que existem, sem falar da sua alta durabilidade, o que o torna um material com ótimo custo-benefício.
Cobogó de cerâmica
Feitos a partir de cerâmica esmaltada ou não esmaltada, os cobogós de cerâmica são os mais adequados para ambientes internos, afinal, eles possuem um design e acabamento muito mais elegante e sofisticado do que os outros tipos.
Outro ponto de destaque dessa versão é que eles estão disponíveis em uma ampla variedade de modelos, formatos e cores, perfeitamente adaptáveis ao estilo de decoração pretendido.
Cobogó de gesso
Essa versão de gesso está entre os tipos de cobogós mais baratos que existem no mercado. Geralmente, é encontrado em modelos minimalistas ou geométricos e em cores neutras. Seu acabamento também faz desse tipo uma ótima opção para ambientes internos, mas arejados, pois ele não é tão resistente à umidade.
Cobogó natural ou de barro
Assim como qualquer estrutura feita de barro, o cobogó natural ou de barro é uma opção perfeita para áreas externas, já que possui alta resistência às chuvas e ventos mais fortes. Geralmente, ele é aplicado na fachada de casas e muros e é, inclusive, o cobogó mais tradicional no Brasil.
Cobogó de MDF
O cobogó de MDF é o tipo de cobogó que mais se assemelha aos muxarabis árabes quando consideramos seu design e estética. Essa característica faz do material uma ótima opção para ambientes externos e internos, porém, o contato com a umidade não é recomendado, justamente porque o MDF não possui resistência à água.
Cobogó de vidro
O cobogó de vidro é muito utilizado para substituir janelas tradicionais de vidro, trazendo um toque diferenciado aos ambientes, sem abrir mão da privacidade, já que ele não é transparente como as janelas de vidro, mas translúcido — podendo ser aplicado inclusive em banheiros.
Normalmente, esse tipo de cobogó é focado na entrada de luminosidade, não na ventilação, mas existem modelos que são alocados no sentido diagonal, permitindo a entrada do vento em ambientes.
Qual a diferença entre cobogó e elemento vazado?
Se pararmos para analisar o design de ambos os materiais, os cobogós e os elementos vazados não possuem muitas diferenças. Por isso, a melhor forma de diferenciar os dois é guiando-se pelo design. Enquanto os elementos vazados estão disponíveis em uma variedade infinita de estilos e padrões, os cobogós ainda seguem sua estética de origem, caracterizada pelas formas geométricas.
Apesar da distinção, os dois materiais dialogam muito bem e, na maioria das vezes, podem até ser aplicados em conjunto em uma obra, desde que permitam uma decoração equilibrada.
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